O presidente-executivo da General Electric (GE), John Flannery, renunciou de forma inesperada hoje (1º), pouco mais de um ano depois de assumir o cargo. A renúncia veio junto com o anúncio, por parte da gigante de eletro-eletrônicos, de uma despesa de US$ 23 bilhões com os negócios de energia, que enfrentam dificuldades. O negócio de energia da empresa, atingido por problemas com sua última geração de turbinas a gás, registrou um prejuízo de US$ 10 bilhões no ano passado. A companhia disse que ficaria aquém das projeções anteriormente divulgadas para o fluxo de caixa livre e lucro por ação para 2018 devido à fraqueza em seu negócio de energia.
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A saída de Flannery coloca em dúvida planos para reorganizar uma das corporações mais tradicionais da economia norte-americana. Ele havia prometido transformar a GE em uma empresa mais enxuta, cortando empregos e vendendo vários negócios. A reação na bolsa de valores, no entanto, ao menos até o início do pregão, foram positivas: as ações da empresa subiram 15%. Os papéis da companhia perderam mais da metade do valor desde que Flannery assumiu o cargo, em agosto do ano passado.
A saída de Flannery da GE foi causada pelo “ritmo lento de mudança” da empresa sob sua liderança, informou a CNBC. Flannery será substituído por H. Lawrence Culp Jr., que teve o apoio unânime do conselho, disse a empresa. Culp foi incluído no conselho da GE em fevereiro.