O dólar recuava ante o real hoje (25) em sintonia com o movimento no exterior, onde as moedas emergentes se recuperam do tombo da véspera, e com investidores aguardando a divulgação de mais uma pesquisa de intenção de voto à Presidência da República do Datafolha após o fechamento.
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Às 10:14, a moeda norte-americana recuava 0,78%, a R$ 3,7172 na venda, depois de terminar a véspera em alta de 1,33%, a R$ 3,7463. O dólar futuro tinha baixa de cerca de 0,40%.
“A realização de lucros perde força no contexto internacional, dadas as oportunidades surgidas com as fortes quedas dos últimos dias, porém isso não significa que esteja decretado o fim da correção”, comentou o economista-chefe da gestora Infinity, Jason Vieira, em relatório.
“Os fatores que deram o tom das tensões dos últimos dias continuam os mesmos”, acrescentou ao citar, entre outras coisas, preocupações com o Orçamento da Itália, crescimento da China, isolamento da Arábia Saudita e aumento de juros pelo Federal Reserve.
Essas preocupações ganharam na véspera ainda o reforço com envio de pacotes com supostos explosivos a lideranças democratas, a poucos dias das eleições parlamentares nos Estados Unidos, o que amplificou a fuga do risco ontem (24).
Nesta manhã, o aumento acima do previsto das encomendas de bens duráveis nos Estados Unidos acabou levando o dólar aqui a bater a máxima da sessão, já que dá justificativa para o banco central dos Estados Unidos continuar em sua trajetória de aperto monetário.
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O indicador mostrou alta de 0,8% em setembro, ante previsão de queda de 1% dos economistas ouvidos pela Reuters.
O dólar lá fora, no entanto, recuava ante a cesta de moedas e ante divisas de países emergentes, como o peso chileno e a lira turca.
Internamente, os investidores acompanham o noticiário político, em dia de nova pesquisa de intenção de voto, do Datafolha, após o fechamento do mercado.
A expectativa é que a pesquisa não traga nada muito diferente das anteriores, ou seja, com Jair Bolsonaro (PSL) ainda mostrando ampla vantagem ante Fernando Haddad (PT), o que desvia o foco dos agentes, desta forma, para as informações já acerca do futuro governo do capitão da reserva.
O Banco Central realiza nesta sessão leilão de até 7,7 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares para rolagem do vencimento de novembro, no total de US$ 8,027 bilhões.
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Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.