A General Motors divulgou hoje (31) lucro trimestral muito mais forte do que o esperado e previu que o resultado do ano fique no topo das suas estimativas em razão de forte demanda na América do Norte.
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A montadora de Detroit conseguiu aplicar preços maiores, principalmente na América do Norte, o que permitiu compensar custos maiores com commodities. Esses ganhos de preços são “absolutamente sustentáveis”, disse a vice-presidente de finanças da GM, Dhivya Suryadevara.
“Tivemos uma forte execução apesar dos desafios que enfrentamos. Receitas em alta, lucro em alta e margens em alta”, disse Suryadevara a repórteres na sede da empresa em Detroit.
A desaceleração da demanda na China, o maior mercado de automóveis do mundo, começou a prejudicar a indústria automotiva, mas as operações da GM no país conseguiram lucro recorde. Com o aumento das taxas de juros nos EUA e com a região tendo registrado fortes vendas no setor por vários anos, muitos acreditam que a demanda dos EUA também começará a desacelerar.
A maior montadora de veículos dos Estados Unidos disse que ainda vê um lucro anual na faixa de US$ 5,80 a US$ 6,20 por ação, mas avalia que agora espera terminar no topo da faixa com potencial para terminar ainda mais alto.
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Em julho, a GM reduziu previsão para o ano todo, citando custos mais altos de aço e alumínio devido às tarifas de importação impostas pelo governo do presidente dos EUA, Donald Trump.
A GM reportou lucro líquido de terceiro trimestre de US$ 2,53 bilhões, ou US$ 1,75 por ação, comparado a um prejuízo no ano passado de US$ 2,98 bilhões, ou US$ 2,03 por ação. O trimestre do ano passado incluiu um encargo relacionado à Europa.
Excluindo itens extraordinários, a GM teve lucro de US$ 1,87 por ação no terceiro trimestre, superando as expectativas dos analistas de US$ 1,25, conforme média de estimativas compilada pela Refinitiv.
A receita no trimestre subiu 6,4%, para US$ 35,8 bilhões, acima dos US$ 34,85 bilhões esperados por analistas.