O Grupo Pão de Açúcar (GPA) teve lucro líquido consolidado de R$ 138 milhões no terceiro trimestre, superando em 37% o montante apurado um ano antes, apoiado em um avanço de dois dígitos nas receitas em meio à contínua firmeza da bandeira Assaí e à melhora nas demais operações da companhia.
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O resultado, que reitera os números da prévia operacional divulgada em 15 de outubro, contribui para a realização das metas traçadas para 2018, incluindo um crescimento de vendas mesmas lojas em linha com a inflação alimentar no mutivarejo e superior no atacarejo, disse o GPA no balanço.
“Seguimos com o plano de expansão, conversão e renovação de lojas, em busca de um portfólio mais adequado. Nossa execução tem permitido a entrega de resultados sólidos, em linha com a previsão que demos ao mercado”, disse o presidente da empresa, Peter Estermann, no balanço.
O desempenho operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado somou R$ 670 milhões entre julho e setembro, alta de 24,3% ano a ano, com a margem Ebitda ajustada subindo a 5,5%, de 4,9% um ano antes.
O GPA apurou uma receita líquida total de R$ 12,258 bilhões no terceiro trimestre, um aumento de 12,4% ano a ano.
Só no multivarejo, que compreende as marcas Extra e Pão de Açúcar nos diversos formatos, a empresa faturou R$ 6,393 bilhões, 2,7% mais em relação ao terceiro trimestre de 2017.
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Já no atacarejo, formado pela bandeira Assaí, houve crescimento de 25,2% na mesma base, para R$ 5,865 bilhões, o que de acordo com o balanço se traduziu em “importante ganho de participação de mercado” no período.
No conceito mesmas lojas, excluindo o efeito calendário, as vendas aumentaram 6,1% no multivarejo, e 7,4% no Assaí, cujo cálculo também desconsidera conversões de lojas.
O GPA desembolsou R$ 2,048 bilhões em despesas com vendas, gerais e administrativas entre julho e setembro, alta de 7,5% ante um ano atrás.
O resultado financeiro líquido veio negativo em R$ 135 milhões, uma melhora de 0,3% ano a ano, com aumento de quase 30% nas receitas e redução do custo da dívida, entre outros fatores.
Ao fim de setembro, o GPA carregava uma dívida líquida de R$ 3,971 bilhões, 15,4% superior ao patamar verificado um ano atrás. Contudo, a alavancagem medida pela relação endividamento líquido sobre Ebitda caiu para 1,4 vez, de 1,7 vez em 30 de setembro de 2017.
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A companhia investiu R$ 488 milhões no terceiro trimestre, alta de 9,3% na comparação anual, focando principalmente na expansão do Assaí, nas reformas de lojas Pão de Açúcar e projetos da bandeira Extra Super.
Os investimentos incluíram também obras de conversões de 13 lojas Extra Super para a bandeira Compre Bem, que serão inauguradas no quarto trimestre.
Em 2018, as ações do GPA acumulam alta de pouco mais de 2,5%, enquanto o principal rival Carrefour perdeu quase 2% desde o começo deste ano.