Um pesquisador francês inventou um dedo robótico que pode ser conectado a celulares. O dedo pode ajudar o telefone móvel a se arrastar por uma mesa ou pode acariciar a mão do usuário do aparelho. E adivinha? É assustador.
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Marc Teyssier, pesquisador da escola de engenharia Telecom Paristech quer saber por quê. “Meu assunto de PhD está relacionado ao toque nas comunicações”, explica.
“Quando conversamos com pessoas na vida real, nos tocamos para comunicar emoções, por exemplo, um afago no braço, ou coisas assim. Mas, para dispositivos móveis e interação em geral em computadores, não usamos o toque. Então, meu ponto de partida foi: como podemos trazer o toque em interfaces homem-computador?”, pergunta.
Por isso, ele projetou, construiu e patenteou o dedo robótico MobiLimb, que é conectado a um telefone celular e se parece muito com um dedo real. Ele pode ser ativado remotamente, quando um amigo, por exemplo, quer dar um tapinha reconfortante no pulso do usuário enquanto conversa com ele.
Mas quando as pessoas viram o dispositivo, tiveram a mesma reação. “Nós temos uma tonelada de reações na internet dizendo que o dedo é assustador. Todo mundo me diz que é assustador. E realmente é, na verdade”, disse Teyssier. “Nós nos comunicamos com os humanos com o toque. Usamos os dedos. Usamos o movimento. Mas quando colocamos isso em um dispositivo móvel, todo mundo acha que é maluco e assustador.”
O dedo do telefone nos diz algo sobre quem somos e o que esperamos de um mundo onde o seu telefone ouve e responde aos seus comandos como uma pessoa, mas ainda não tem um corpo em movimento, disse Teyssier. “Eu acho que até certo ponto estamos bem no vale misterioso. A tecnologia parece humana, mas não é exatamente humana, então nosso cérebro não sabe como reagir.”
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Mas Teyssier imagina um mundo um dia em que as pessoas vão interagir com objetos da mesma maneira como fazem com outras pessoas ou animais de estimação. Algum dia, você pode entrar na sua cozinha e conseguir um abraço na geladeira.
“Com este projeto, nós questionamos muito o smartphone, o ser humano e a natureza humana”, disse ele. “E se todos os dispositivos tivessem braços e membros e pudessem nos tocar como humanos? Acho que nos comportaríamos de maneira totalmente diferente com a tecnologia.”