A Suzano Papel e Celulose teve prejuízo líquido de R$ 108 milhões no terceiro trimestre, revertendo resultado positivo de R$ 801 milhões obtido no mesmo período de 2017, sob impacto do câmbio sobre financiamentos que incluem os obtidos para incorporar a rival Fibria.
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O resultado operacional, porém, apresentou um salto de 78,6% sobre um ano antes, com o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado atingindo o recorde de R$ 2,118 bilhões.
O balanço veio um dia após a Fibria divulgar desempenho semelhante, com Ebitda ajustado recorde, impulsionado por aumento de produção de celulose e a depreciação do câmbio, que tende a elevar as receitas na moeda local.
A Suzano registrou receita líquida de R$ 4 bilhões, crescimento de 54,4% sobre o terceiro trimestre do ano passado, apoiada em aumento nos volumes vendidos, desvalorização do real contra o dólar e aumento de preços.
Pesou sobre o balanço a linha de resultado financeiro, que saiu de R$ 270 milhões um ano antes para prejuízo de R$ 1,963 bilhão.
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“O aumento de 50,8% (na despesa financeira) reflete a variação cambial do período, e despesa financeira com ‘commitment’ e com os financiamentos realizados para a combinação de ativos com a Fibria”, afirmou a Suzano.
Enquanto a Fibria teve um custo caixa de produção de celulose de R$ 584 por tonelada, queda anual de 4%, o da Suzano foi de R$ 619 por tonelada, 1,9% abaixo do registrado um ano antes.
A Suzano fechou setembro com uma relação dívida líquida sobre Ebitda ajustado de 1,6 vez, ante 2,3 vezes um ano antes.
A produção de celulose subiu 12% no trimestre na comparação anual, enquanto as vendas em volume subiram 8,7%. Segundo a empresa, “diante da demanda internacional aquecida”, a Suzano fechou o trimestre com produção total de 1,29 milhão de toneladas de celulose e papel, volume inédito na história de 94 anos da empresa”.