A B3 teve crescimento robusto do lucro do terceiro trimestre, na esteira da expansão de dos dígitos nas receitas de suas principais linhas de negócios em um período de grande volatilidade do mercado financeiro no país. A companhia, que opera bolsa de valores, mercado de balcão e mercado de derivativos, anunciou ontem (8) que seu lucro líquido de julho a setembro cresceu 38,4% ante mesma etapa de 2017, para R$ 465,4 milhões. Em bases recorrentes, o lucro subiu 37,8%, para R$ 613,4 milhões.
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O resultado foi divulgado pouco antes da B3 anunciar que assinou proposta vinculante para comprar 75% da BLK Sistemas Financeiros, especializada em telas e algoritmos de negociação para corretoras e investidores institucionais. A empresa não informou o valor da operação.
A receita líquida da B3 no terceiro trimestre somou de R$ 1,15 bilhão, alta de 9% contra um ano antes, apoiada na expansão de 15,1% do segmento BM&F, de 12,3% no de Bovespa, de 12,8% no de Cetip UTVM e de 29,2% no de gravames de veículos.
“O desempenho dos mercados em que atuamos foi diretamente impactado pela volatilidade”, disse no relatório o vice-presidente financeiro e de relações com investidores da B3, Daniel Sonder. O período foi marcado por altos e baixos nos mercados de ações e de derivativos, na esteira da eleição para Presidência da República, com crescentes volumes de negócios.
O resultado operacional da companhia medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) recorrente somou R$ 779,4 milhões, um avanço de 16,7% ano a ano. A margem Ebitda recorrente 0,8 ponto percentual, para 67,4%. Também na comparação ano a ano, as despesas da empresa subiram 8,2%, para R$ 642 milhões. Na base ajustada, o aumento foi de 9,5%.
A B3 manteve os orçamentos e projeções para 2018 e 2019.