O dólar recua ante o real nesta manhã (7), acompanhando a trajetória externa da divisa norte-americana após o partido Democrata ter conquistado o controle da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, o que pode dificultar medidas de estímulo do presidente Donald Trump.
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Às 10h14, a moeda norte-americana recuava 0,49%, a R$ 3,7400 na venda, depois de terminar a sessão anterior em alta de 0,83%, a R$ 3,7583, maior nível desde o dia 11 de outubro. O dólar futuro tinha baixa de cerca de 0,5%.
Nas eleições parlamentares de ontem (6), o partido Republicano de Trump ampliou a maioria no Senado, mas na Câmara os democratas conquistaram mais assentos do que o necessário para controlarem o comando da Casa.
Desta forma, a nova Câmara terá a habilidade de investigar as declarações fiscais de Trump, possíveis conflitos empresariais de interesse e alegações envolvendo a campanha do presidente em 2016 e a Rússia. Os deputados também poderão impedir o presidente de construir um muro na fronteira com o México, de aprovar um segundo grande pacote de cortes fiscais e de aplicar mudanças nas políticas comerciais.
“Com o Congresso dividido, Trump e o Senado republicano não serão capazes de fazer grandes mudanças legislativas sem aprovação dos democratas… Isso significa que as esperanças dos republicanos de uma segunda rodada de corte de impostos provavelmente morreu na água”, disse em nota o economista da empresa de pesquisas macroeconômicas Capital Economics Andrew Hunter.
Sem novos cortes de impostos, é provável que o Federal Reserve tenha menos trabalho para conter a trajetória de alta da inflação, o que pode esvaziar as apostas sobre aumento de juros.
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O banco central norte-americano anunciou na quinta-feira passada (1) sua decisão sobre a política monetária, mas a expectativa é de que um novo aumento só ocorra em dezembro. O Fed já elevou os juros três vezes neste ano e outras cinco altas são esperadas até o início de 2020.
O dólar tinha queda ante a cesta de moedas e também recuava ante as divisas de países emergentes, como os pesos chileno e mexicano.
Internamente, os investidores tinham como pano de fundo o cenário político, em dia de reunião entre o presidente Michel Temer e o presidente eleito, Jair Bolsonaro, onde podem tratar da reforma da Previdência.
O Banco Central realiza nesta sessão leilão de até 13,6 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares para rolagem do vencimento de dezembro, no total de US$ 12,217 bilhões. Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.