A estatal Eletrobras fechou o terceiro trimestre com prejuízo líquido de R$ 1,61 bilhão, revertendo lucro líquido de R$ 550 milhões no mesmo período de 2017, em resultado impactado por fortes perdas no setor de distribuição de energia e por provisões, principalmente relacionadas ao empréstimo compulsório.
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A companhia, maior elétrica do país e líder em geração e transmissão, reportou um lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de R$ 189 milhões, uma retração de 92% ante o ano anterior, segundo balanço divulgado na noite de ontem (12).
O Ebitda “pro forma”, que exclui itens não recorrentes, foi de R$ 1,748 bilhão, alta de 18% na comparação anual.
A estatal disse que seus negócios de geração e transmissão de energia tiveram no trimestre lucro de R$ 832 milhões e R$ 103 milhões, respectivamente, enquanto a área de distribuição teve prejuízo de R$ 998 milhões.
Os resultados foram impactados por R$ 2,2 bilhões em provisões para contingência, incluindo R$ 1,5 bilhão referente aos chamados empréstimos compulsórios – operações em que a estatal tomou recursos emprestados dos consumidores no passado e que são até hoje tema de embate judicial.
Houve, ainda, provisões de R$ 241 milhões para custos da subsidiária Chesf com o chamado risco hidrológico na operação da usina de Sobradinho e de R$ 145 milhões para “contratos onerosos”.
A companhia também contabilizou R$ 418 milhões em provisão para perdas em investimentos relativas ao ajuste de valor justo após vender fatias em usinas eólicas e ativos de transmissão em um leilão em setembro, que levantou R$ 1,3 bilhão com as negociações de ativos.
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A receita operacional líquida da Eletrobras no trimestre foi de R$ 8,9 bilhões, alta de 0,5% na comparação anual.
A estatal investiu R$ 976 milhões no período, queda de 25% ante os R$ 1,3 bilhão no mesmo trimestre de 2017. No acumulado do ano, a companhia soma aportes de R$ 2,8 bilhões, contra R$ 3,76 bilhões nos primeiros nove meses de 2017.