A BB Seguridade teve um nova rodada de queda no lucro no terceiro trimestre, refletindo a combinação de fracos resultados operacionais com receitas financeiras menores.
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Braço de seguros e previdência do Banco do Brasil, a BB Seguridade anunciou ontem (5) um lucro líquido ajustado de R$ 891,6 milhões entre julho e setembro, uma queda de 12,7% ante mesma etapa de 2017.
O volume de prêmios emitidos de seguros, previdência e títulos de capitalização somou R$ 14 bilhões de julho a setembro, queda de 11,5% ano a ano. O chamado resultado operacional não decorrente de juros recuou 1,3% contra um ano antes, a R$ 742 milhões.
Segundo a companhia, o declínio foi motivado em grande parte por menores receitas de corretagem, em função de menores vendas de produtos de previdência e capitalização, além de deterioração da margem operacional da BB Corretora, resultado da ênfase na venda de produtos de tíquete mais baixo.
Em outra frente, o resultado financeiro do trimestre, de R$ 150 milhões, 44,2% menor ante igual etapa do ano passado, refletiu o aumento dos passivos financeiros atrelados a planos de previdência de benefício definido, em razão da forte elevação do IGP-M e da queda da Selic média.
Com isso, o retorno anualizado sobre o patrimônio líquido médio da seguradora desabou 8,2% no comparativo anual, para 38,1%.
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Por outro lado, as despesas gerais e administrativas do grupo no trimestre caíram 33,9%, para R$ 5,27 bilhões.
Em agosto, executivos da empresa previram melhora recorrente “robusta dos resultados operacionais e da rentabilidade”, após a venda de parte de seus negócios para a espanhola Mapfre, por R$ 2,4 bilhões, anunciada em junho, seja aprovada por órgãos reguladores.
A aprovação regulatória, prevista pela empresa para outubro, ainda não foi divulgada.