A varejista Magazine Luiza elevou em 29,3% o lucro líquido do terceiro trimestre na comparação com igual período do ano passado, com forte desempenho de vendas, sobretudo no comércio eletrônico, e diluição de despesas, de acordo com balanço divulgado na noite de ontem (5).
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O resultado operacional da companhia medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) cresceu 11,4% na mesma base, para R$ 278,9 milhões, ajudado por redução em despesas financeiras e crescimento nas vendas.
Mas a margem Ebitda caiu 1,2% sobre o terceiro trimestre de 2017, para 7,6%, afetada por investimentos adicionais em melhoria no nível de serviço e aquisição de novos clientes.
As vendas totais da Magazine Luiza, incluindo lojas físicas, e-commerce próprio e terceiros (marketplace), somaram R$ 4,6 bilhões entre julho e setembro, um valor 33,6% maior ano a ano.
O crescimento foi liderado pelo comércio eletrônico, cujas vendas saltaram 54,6% em relação ao terceiro trimestre de 2017, para R$ 1,7 bilhão, compreendendo 36,2% do total comercializado pelo Magazine Luiza no período.
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Nos pontos físicos, enquanto isso, a varejista vendeu 24% mais e, no conceito mesmas lojas, a alta foi de 16,3%. “Destacamos também o excelente desempenho das lojas novas que, com resultados acima do esperado, contribuíram com 8% para o crescimento de vendas”, afirmou a empresa no balanço.
A rival Via Varejo, dona das marcas Casas Bahia e Pontofrio, divulgou no final de outubro vendas mesmas lojas em alta de 4,2%.
Só no trimestre encerrado em setembro, o Magazine Luiza abriu 29 lojas, com entrada em novas regiões, somando 87 inaugurações nos últimos 12 meses. A rede contava com um total de 913 lojas físicas, das quais 22% estavam em maturação.
A receita líquida trimestral da Magazine Luiza aumentou 28,5% sobre um ano antes, para R$ 3,67 bilhões, elevando para R$ 10,98 bilhões o faturamento acumulado de janeiro a setembro.
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Já as despesas operacionais subiram 25,7% ante o terceiro trimestre do ano passado, para R$ 821,1 milhões, enquanto a despesa financeira líquida ajustada encolheu 16,7%, para R$ 69,9 milhões, em meio aos juros mais baixos.
Ao fim de setembro, a Magazine Luiza tinha uma posição total de caixa de R$ 1,9 bilhão, incluindo aplicações financeiras de R$ 700 milhões e R$ 1,2 bilhão em recebíveis de cartão de crédito.
Os investimentos alcançaram R$ 112,8 milhões entre julho e setembro, mais que o dobro dos R$ 47,6 milhões desembolsados no terceiro trimestre de 2017, com os recursos direcionados a abertura de lojas, reformas, tecnologia e logística.
Em 2018, as ações da Magazine Luiza acumulam alta de mais de 116%, superando o desempenho de rivais como B2W, que subiu cerca de 60%, e Via Varejo, que perdeu mais de 31% desde o começo do ano.