Os preços do petróleo caíram hoje (23) ao menor nível em mais de um ano, a caminho do maior declínio mensal desde o final de 2014, apesar de produtores considerarem cortes na produção para tentar conter o excedente global.
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A oferta de petróleo, liderada pelos produtores norte-americanos, está crescendo mais rapidamente do que a demanda, e para evitar o acúmulo de combustível, como o que surgiu em 2015, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) deve começar a reduzir a produção após uma reunião prevista para 6 de dezembro.
Mas isso não fez muito até agora para dar suporte aos preços. O valor do barril de petróleo caiu cerca de 20% até agora em novembro, em um período de sete semanas de perdas.
O petróleo Brent recuava US$ 2,89, ou 4,62%, a US$ 59,71 por barril, às 12h12 (horário de Brasília). O petróleo dos Estados Unidos caía US$ 3,7, ou 6,77%, a US$ 50,93 por barril. Ambos as referências estão no menor nível desde outubro de 2017.
“Os baixistas do mercado de petróleo reafirmaram sua autoridade”, disse Tamas Varga, analista da corretora londrina PVM Oil. “A fraqueza é a continuação do sentimento baixista prevalecente, ajudado um pouco pelo dólar mais forte.”
A produção de petróleo subiu este ano. A Agência Internacional de Energia espera que apenas a produção de países não integrantes da Opep aumente 2,3 milhões de barris por dia (bpd) em 2018. A demanda por petróleo no próximo ano, por sua vez, deverá crescer 1,3 milhão de barris por dia.
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Com o ajuste para reduzir a demanda, a Arábia Saudita, maior exportadora de petróleo do mundo, disse ontem (22) que pode reduzir a oferta, uma vez que pressiona a Opep a concordar com um corte conjunto de 1,4 milhão de barris por dia.
Se a Opep concordar em cortar a produção em sua reunião no próximo mês, os preços do petróleo poderão se recuperar drasticamente, dizem os analistas.