Procuradores japoneses devem apresentar um novo processo penal contra o presidente deposto do conselho de administração da Nissan, Carlos Ghosn, por não declarar 3 bilhões de ienes (US$ 27 milhões) de remuneração durante três anos a partir do ano fiscal de 2015, disse hoje (23) o jornal local “Asahi”. Ghosn e o ex-diretor da Nissan Greg Kelly estão sendo investigados por omitir metade da remuneração de Ghosn — de cerca de 10 bilhões de ienes — que ele teria recebido da montadora japonesa por cinco anos, a partir do ano fiscal de 2010. No total, Ghosn omitiu em cerca de 8 bilhões de ienes nos últimos oito anos, até o ano fiscal que acabou em março, disse o jornal, sem citar fontes.
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A publicação não mencionou se um novo caso também visaria Kelly. Ghosn e Kelly foram presos e demitidos nesta semana devido a alegações de fraude financeira. Um novo caso tornaria Ghosn sujeito a um novo mandado de prisão, disse o jornal.
Como Ghosn e Kelly ainda estão detidos, nenhum dos dois pôde se defender publicamente das alegações. E Motonari Otsuru, ex-procurador contratado para defender Ghosn, não estava disponível de imediato para comentar. A Procuradoria de Tóquio não pôde ser contactada nesta sexta-feira, que é feriado no Japão. A Nissan se recusou a comentar.