O grupo Votorantim divulgou hoje (9) uma acentuada queda no lucro líquido do terceiro trimestre em relação a um ano antes, resultado pressionado pela desvalorização do real.
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O lucro líquido somou R$ 112 milhões no período, queda de 78,4% na comparação anual. Em comunicado, a Votorantim afirmou que a desvalorização cambial pressionou os custos da empresa com dívida, o que ofuscou as receitas maiores.
Após vender participação na fabricante de celulose Fibria para a Suzano em março, a Votorantim deixou de consolidar a Fibria em seus resultados. A medida reduziu o lucro da Votorantim, afirmou o grupo.
Preços maiores de cimento, zinco e alumínio ajudaram o grupo a ter alta de 22% na receita trimestral sobre um ano antes, para R$ 9 bilhões.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação, dividendos e efeitos não recorrentes (Ebitda ajustado) subiu 30% no período, para R$ 1,7 bilhão.
A Votorantim fechou setembro com relação dívida líquida sobre Ebitda de 2,59 vezes, pouco abaixo do índice de 2,69 vezes do trimestre anterior.
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O vice-presidente financeiro, Sergio Malacrida, afirmou que a Votorantim deve encerrar 2018 com alavancagem de cerca de 2 vezes, excluindo os efeitos do recebimento de recursos relacionados à venda da Fibria.
Malacrida afirmou que o grupo vai provavelmente manter o investimento ao redor do nível de 2018, de R$ 2,6 bilhões.
A Nexa Resources, unidade da Votorantim, aprovou recentemente um aumento de capital de US$ 392 milhões de um projeto de mineração de zinco no Mato Grosso.