Procuradores japoneses apresentaram um novo pedido de prisão para o ex-presidente do conselho de administração da Nissan Carlos Ghosn, hoje (21), por suspeita de ter empurrado para a montadora um prejuízo de US$ 16,6 milhões em investimentos particulares, minimizando as chances de o executivo ser solto sob pagamento de fiança. Os procuradores também fizeram buscas na residência de Ghosn em Tóquio, de acordo com a emissora TV Asahi.
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O novo acontecimento em uma saga que abalou a indústria automobilística global, em especial a aliança da Nissan com a francesa Renault, ocorre um dia após um tribunal de Tóquio ter rejeitado um pedido dos procuradores para renovar a prisão de Ghosn. A decisão do tribunal havia aberto a possibilidade de o empresário ser solto nesta sexta-feira sob pagamento de fiança, mas a nova ordem de prisão significa que ele deve permanecer detido em Tóquio por pelo menos mais 10 dias.
Ghosn está preso desde o mês passado, inicialmente por suspeita de fraude fiscal. O advogado do executivo, Motonari Otsuru, não estava disponível para comentar a decisão desta sexta-feira.
Segundo a emissora pública japonesa NHK, o ex-chefe da Nissan prometeu restaurar seu nome no tribunal após um mês na detenção. “As coisas como estão são absolutamente inaceitáveis”, teria dito Ghosn ao seu advogado. “Eu quero ter minha posição ouvida e restaurar minha honra no tribunal.”
Foi o primeiro comentário de Ghosn desde sua prisão em 19 de novembro por supostamente omitir cerca de metade de seu rendimento em um período de cinco anos a partir de 2010. Ele foi posteriormente acusado por supostamente cometer o mesmo crime nos últimos três anos.
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