O dólar terminou o dia (27) em queda ante o real, em sintonia com o comportamento da divisa norte-americana no ambiente internacional, em dia de nova atuação do Banco Central no mercado cambial doméstico.
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A moeda norte-americana recuou 0,70%, a R$ 3,8942 na venda, depois de marcar a mínima de R$ 3,8783 e a máxima de R$ 3,9469. O dólar futuro cedia 0,65%.
“Houve pressão pela manhã para a formação da Ptax. Depois, o mercado olhou mais fundamentos… dados de confiança dos EUA vieram fracos. Há forte pressão sobre o Fed em relação aos juros”, disse o operador de câmbio José Carlos Amado, da corretora Necton.
No exterior, o dólar caía forte ante uma cesta de moedas, em movimento ajudado pelo fraco índice de confiança do consumidor norte-americano de novembro, quando atingiu o menor nível desde julho.
O dado pode ser um indício de que a guerra comercial entre Estados Unidos e China já estaria enfraquecendo a economia – dados divulgados na China esta madrugada também foram mais fracos -, mantendo a cautela dos agentes com o desfecho das negociações.
Com isso, o mercado acompanha de perto a atuação do Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, sobre juros. A autoridade indicou que pode subir as taxas duas vezes em 2019, mas o mercado espera que o movimento seja ainda mais suave.
O presidente dos EUA, Donald Trump, tem feito críticas ao Federal Reserve e ao seu chairman, Jerome Powell, repetidas vezes. “Trump já deixou claro que não quer mais que o Fed suba os juros”, destacou a estrategista de câmbio do banco Ourinvest, Fernanda Consorte.
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Internamente, a formação da taxa Ptax de final de mês – usada na liquidação de vários derivativos cambiais -, elevou um pouco a volatilidade dos negócios nesta sessão, sobretudo em ambiente de volume mais reduzido na reta final de ano.
“O dólar já está operando com pouca liquidez. Os leilões de linha não estão sendo suficientes para gerar liquidez. Tudo o que está sendo oferecido está sendo tomado”, disse mais cedo Fernanda, ao citar a atuação do Banco Central oferecendo recursos para garantir liquidez ao mercado.
O BC fez dois leilões de linha – venda com compromisso de recompra – nos quais injetou US$ 1 bilhão. Foi o sétimo leilão de linha realizado pela autoridade monetária apenas em dezembro, quando injetou US$ 8 bilhões até essa sessão. No final de novembro, já havia colocado US$ 3 bilhões, além de ter rolado US$ 1,25 bilhão que venceria no início de dezembro.
A autoridade também anunciou que pretende fazer a rolagem integral do vencimento de US$ 10,373 bilhões em swap cambial tradicional – equivalente à venda futura de dólares – de janeiro ao informar que começará a rolagem na próxima quarta-feira (2), com oferta de até 13,4 mil contratos.
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