O dólar recuava e operava abaixo de R$ 3,90 hoje (12), acompanhando a trajetória da moeda no mercado internacional em dia de trégua nas preocupações com a guerra comercial após declarações de Donald Trump sobre um acordo com a China.
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Às 10:28, a moeda norte-americana recuava 0,98%, a R$ 3,8821 na venda, depois de terminar a sessão anterior em leve alta de 0,05%, a R$ 3,9207. O dólar futuro tinha queda de 0,65%.
Em entrevista à Reuters, Trump afirmou que estão ocorrendo negociações com Pequim por telefone e que ele não elevará as tarifas sobre importações chinesas até que esteja certo sobre um acordo.
Trump também afirmou que vai intervir no caso do Departamento de Justiça contra a executiva da chinesa Huawei Technologies se for do interesse da segurança nacional ou ajudar a fechar um acordo comercial.
Um tribunal canadense concedeu ontem (11) fiança à vice-presidente financeira da Huawei enquanto ela aguarda audiência de extradição para os EUA.
“Certo otimismo paira no ar após a notícia de que a vice-presidente financeira da Huawei teve pedido de liberdade condicional aceito por um juiz do Canadá”, escreveu a Advanced Corretora, acrescentando que agradou a declaração de Trump de que poderá intervir no caso.
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O dólar operava ao redor da estabilidade ante a cesta de moedas e caía ante as divisas de países emergentes, como o peso chileno.
Como pano de fundo, os investidores monitoravam os desdobramentos do voto de desconfiança contra a primeira-ministra britânica Theresa May, que prometeu lutar para derrubá-lo e também para manter o cargo.
Internamente, agradou ao mercado a informação dada na véspera pelo deputado federal Rogério Marinho (PSDB-RN), futuro secretário da Previdência no governo Jair Bolsonaro, de que buscará a aprovação de uma reforma previdenciária nos seis primeiros meses do novo governo.
Os investidores estão atentos ainda à sessão extraordinária do Tribunal de Contas da União (TCU) que vai avaliar o processo de revisão do contrato de cessão onerosa entre governo e Petrobras, num passo que pode abrir caminho para a realização de megaleilão no ano que vem.
“O TCU já deu parecer favorável à revisão do contrato da cessão onerosa sem aval do Congresso, onde o projeto emperrou, depois que Estados e municípios entraram na roda para levar uma parte dos recursos”, destacou a corretora H.Commcor em relatório.
O Banco Central realiza nesta sessão leilão de até 13,83 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares para rolagem do vencimento de dezembro, no total de US$ 10,373 bilhões. Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.