A Nissan informou hoje (14) que representantes do presidente deposto do conselho, Carlos Ghosn, recuperaram documentos de um apartamento corporativo no Rio de Janeiro, no qual a entrada deles foi permitida após decisão de um tribunal brasileiro.
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A montadora japonesa diz que o apartamento poderia conter provas no caso contra o executivo, que foi preso em Tóquio em novembro, enquanto os advogados de Ghosn disseram em documentos judiciais que estavam apenas tentando retirar pertences pessoais do cliente.
Ghosn, que nega qualquer irregularidade, liderou a Nissan até novembro, quando foi preso por alegações de falsas declarações de renda. Ele foi responsável por resgatar a Nissan da beira da falência e se tornou um dos mais poderosos executivos do setor automotivo do mundo.
“Além dos pertences pessoais, os representantes da Nissan observaram representantes do Sr. Ghosn removerem duas pastas de plástico contendo documentos”, disse em comunicado o porta-voz da Nissan, Nick Maxfield, acrescentando que não sabia o conteúdo das pastas.
A montadora também disse que os advogados de Ghosn ganharam um recurso de última hora em um tribunal do Rio de Janeiro para proibir a Nissan de testemunhar a abertura de três cofres localizados dentro do apartamento. Os cofres estão no centro da disputa entre as duas partes.
Representantes legais do executivo em Tóquio não estavam imediatamente disponíveis hoje para comentar o assunto, enquanto uma representante no Brasil disse que não tinha informações sobre o assunto.
Um juiz de apelação no Rio decidiu ontem (13) que os representantes de Ghosn deveriam ter acesso ao apartamento e serem acompanhados por representantes da montadora.
A Nissan informou que pediu a um tribunal para revisar os documentos, mas não recebeu aprovação para fazê-lo.