As empresas dos Estados Unidos provavelmente mantiveram um ritmo sólido de contratações em novembro ao mesmo tempo em que aumentaram os salários dos trabalhadores, sugerindo que a economia permanece forte o suficiente para que o banco central siga elevando a taxa de juros em 2019. É esta a expectativa para o relatório mensal de emprego que o Departamento do Trabalho publicará hoje (7), sobre um pano de fundo de intensas vendas generalizadas em Wall Street e parcial inversão da curva de rendimentos dos títulos dos EUA, cenário que provocou temores de recessão.
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As ações foram afetadas pela incerteza sobre se a trégua de 90 dias acertada pelos presidentes dos EUA, Donald Trump, e da China, Xi Jinping, vai se manter e se levará a um alívio nas tensões comerciais entre as duas maiores economias do mundo.
A economia norte-americana provavelmente criou 200 mil vagas de trabalho no mês passado, de acordo com pesquisa da Reuters junto a economistas, após criação de 250 mil em outubro. A taxa de desemprego deve ter se mantido na mínima em quase 49 anos de 3,7%.
A expectativa é de que a renda média por hora tenha aumentado 0,3 por cento em novembro após ganho de 0,2 por cento em outubro. Isso deixaria o aumento anual dos salários em 3,1 por cento, igualando a taxa vista em outubro, a maior desde abril de 2009.
Um relatório de emprego forte vai aliviar temores sobre a saúde da economia e aumentar a probabilidade de o Federal Reserve elevar os juros mais de uma vez no próximo ano.
“Como o Fed é agora bastante dependente de dados, dados mais fortes devem dar ao mercado mais confiança de que o Fed continuará subindo os juros em 2019”, disse Veronica Clark, economista do Citigroup. “Achamos que o Fed vai subir duas vezes no próximo ano.”