A SpaceX, de Elon Musk, interrompeu o lançamento hoje (18) de um satélite de navegação para os militares norte-americanos, adiando por pelo menos um dia o que a empresa de transporte espacial considera sua primeira missão de segurança nacional para os Estados Unidos.
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O foguete Falcon 9, carregando um satélite equipado com um sistema de posicionamento global (GPS) de cerca de US$ 500 milhões construído pela Lockheed Martin, deveria decolar de Cabo Canaveral, na Flórida, pouco depois das 15h (horário de Brasília), mas o foguete foi desativado pouco antes da decolagem.
“O aborto da decolagem foi desencadeado pelo computador de bordo do Falcon 9”, disse um funcionário da SpaceX que narrava a sequência de lançamento. Ele disse que a SpaceX tentará realizar o lançamento amanhã (19) de manhã.
A SpaceX depois tuitou que o Falcon 9 e a carga útil continuam em boas condições e que o lançamento foi adiado por causa de uma leitura “incomum” nos sensores de primeiro estágio do foguete.
Se bem-sucedida, a missão será uma vitória para Musk, um empreendedor bilionário que há anos tenta entrar no mercado de lucrativos lançamentos espaciais militares, há muito tempo dominados pela Lockheed e pela Boeing.
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A empresa do bilionário ganhou em 2016 o contrato de US$ 83 milhões com a Força Aérea dos EUA para lançar o satélite, que ficará em operação por 15 anos, informou o porta-voz da Força Aérea norte-americana William Russell, por telefone. “Quando estiver totalmente operacional, esta última geração de satélites GPS trará novas capacidades aos usuários, incluindo uma precisão três vezes maior e até oito vezes a capacidade anti-interferência.”
O lançamento de hoje seria o primeiro de 32 satélites em produção pela Lockheed sob contratos no valor de US$ 12,6 bilhões para o programa GPS III da Força Aérea, disse o porta-voz da Lockheed, Chip Eschenfelder.
O próximo satélite GPS III será lançado em meados de 2019, segundo Eschenfelder, enquanto satélites subsequentes passam por testes nas instalações de processamento da empresa.