O dólar firmou trajetória de baixa e operava abaixo de R$ 3,85 nesta quarta-feira, com os investidores de olho nas movimentações do governo de Jair Bolsonaro e com expectativa favorável sobre medidas que possam garantir o ajuste fiscal.
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O cenário externo passou para o segundo plano neste primeiro pregão do ano, apesar da maior cautela dos investidores com a desaceleração econômica global após dados fracos da economia da China.
Às 12:12, a moeda norte-americana recuava 0,77%, a R$ 3,8457 na venda, depois de ter batido a máxima de R$ 3,8984. Na mínima, foi a R$ 3,8399. O dólar futuro caía cerca de 1%. Em 2018, o dólar subiu quase 17%, a R$ 3,8757.
“O mercado vai reagir pontualmente sempre que alguém (do novo governo) fizer declarações”, disse o operador de câmbio da Necton Corretora, José Carlos Amado, ponderando, que a liquidez baixa facilita os movimentos abruptos.
Nesta quarta-feira, já houve a transmissão de cargos para diversos ministros do governo Bolsonaro, mas o mercado ainda aguarda Paulo Guedes, novo ministro da Economia.
“A grande expectativa é pelo discurso de Paulo Guedes, que deve falar sobre reforma e prosperidade”, destacou a Critéria Investimentos em relatório. “A nova equipe econômica tem reforçado a interlocutores que não fará a divulgação de qualquer pacote, preferindo adotar um processo contínuo de desregulamentação, simplificação e de redução dos tributos.”
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Dentre os que já discursaram, o novo ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, prometeu apresentar ao Congresso Nacional em fevereiro um projeto de lei anticrime, no qual constará entre outras alterações taxativamente a prisão após condenação em segunda instância.
Um gestor de derivativos de uma corretora local comentou que alguns investidores também estavam devolvendo posições defensivas montadas em dezembro, o que ajudava na queda da moeda.
Mais cedo, o dólar chegou a operar em alta sob influência do mercado internacional, onde a moeda avança ante a cesta e ante divisas de países emergentes, como o peso chileno a lira turca em dia de renovadas preocupações com o crescimento global após dados mais fracos sobre a economia chinesa.
A atividade industrial da China contraiu pela primeira vez em 19 meses em dezembro uma vez que as encomendas de exportação e domésticas continuaram a enfraquecer, mostrou a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) do Caixin/Markit.
A leitura acompanha a pesquisa oficial divulgada na segunda-feira que mostrou crescentes apertos no setor industrial da China, importante fonte de empregos, e reforça a visão de que a economia está perdendo mais força.
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Também na Europa a indústria expandiu apenas ligeiramente em dezembro, reforçando a percepção de desaceleração econômica global.
O BC vendeu nesta sessão 13,4 mil contratos de swap cambial tradicional, equivalente à venda futura de dólares. Desta forma, rolou US$ 670 milhões do total de US$ 13,398 bilhões que vencem em fevereiro.
Se mantiver essa oferta e vendê-la até o final de janeiro, terá concluído a rolagem do mês que vem.
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