O principal índice de ações da bolsa paulista caía cerca de 2% na manhã de hoje (28), pressionado pelo tombo das ações da Vale após tragédia envolvendo o rompimento de uma barragem de mineração da companhia na sexta-feira (25), que até o momento deixou 60 pessoas mortas.
LEIA MAIS: Desastre da Vale gera incertezas em operadores chineses
Às 11h23, o Ibovespa caía 1,96%, a 95.762,09 pontos. O volume financeiro somava R$ 4,6 bilhões.
O pregão brasileiro também é marcado por ajustes ao movimento dos American Depositary Receipts (ADRs) brasileiros, recibos de ações negociados nos Estados Unidos, na última sexta-feira, quando não houve operação na bolsa paulista em razão de feriado na cidade de São Paulo, onde está a B3.
A equipe do BTG Pactual destacou em nota a clientes que a sessão deve ser marcada por “extrema volatilidade” na volta do fim de semana prolongado pelo feriado, recomendando cautela e destacando que o desastre em Minas Gerais afetou a confiança de todos no mercado.
O viés negativo no exterior endossava a queda do Ibovespa, que nos primeiros negócios, enquanto as ações da Vale ainda estavam em leilão, chegou a renovar recorde intradia, a 97.936,82 pontos.
Nos EUA, os futuros acionários norte-americanos sinalizavam uma abertura negativa, com previsões fracas da Caterpillar ampliando preocupações com a economia chinesa. As bolsas na Europa também tinham uma sessão negativa, mesmo tom do fechamento dos mercados na Ásia.
Os papéis da Vale desabavam 17,42%, a R$ 46,37, na esteira da tragédia em Brumadinho (MG) na sexta-feira, que até o momento deixou 60 pessoas mortas e mais de 300 desaparecidas. Até o momento, a empresa perdeu cerca de R$ 51,7 bilhões em valor de mercado. Analistas recomendaram em relatórios a clientes cautela com os papéis da empresa dado o ambiente de incertezas para a mineradora em razão dos potenciais desdobramentos do rompimento, mas vislumbravam efeito financeiro limitado.