A Justiça de Minas Gerais indeferiu pedido da Vale e manteve bloqueio de R$ 5 bilhões, feito após ação do Ministério Público estadual devido ao rompimento de barragem da companhia em Brumadinho, região metropolitana de Belo Horizonte (MG), na sexta-feira (25).
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A companhia havia alegado que o “bloqueio era prejudicial ao funcionamento da empresa e se mostra exorbitante aos fins almejados, oportunidade em que oferece duas plantas de beneficiamento de minério em garantia”.
“O futuro financeiro da Vale S/A é absolutamente incerto e os danos causados são imensuráveis, o que robustece a necessidade de se ter à disposição do juízo valores em espécie para a efetivação de medidas emergenciais visando a reparação dos danos causados”, disse a juíza Perla Saliba Brito, em sua decisão.
O desastre deixou pelo menos 65 mortos e centenas de desaparecidos depois que uma avalanche de lama foi despejada em área administrativa e restaurante da própria Vale, em horário de almoço. Rios, vegetações e comunidades também foram atingidas.
Desde o rompimento da barragem de Brumadinho, a Vale já teve contra si a decretação de quatro bloqueios judiciais e a aplicação de outras duas sanções por órgãos administrativos no valor total de R$ 12,1 bilhões, segundo levantamento feito pela Reuters ontem (28).