A Nokia afirmou hoje (31) que seus negócios com redes de telefonia sem fio 5G devem enfrentar dificuldades no início de 2019 antes de um segundo semestre melhor, o que fazia as ações da companhia recuarem.
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O cenário minimizou o impacto da divulgação pela empresa de um resultado de quarto trimestre melhor que o esperado pelo mercado.
“Esperamos que 2019 tenha um início mais lento na primeira metade que será seguida por um segundo semestre mais robusto”, disse o presidente-executivo, Rajeev Suri.
A companhia finlandesa afirmou que espera que as redes 5G alimentem os resultados nos próximos dois anos. “Houve um pouco mais de incerteza sobre o cenário que eu estava esperando, mas o quadro geral ainda é o mesmo. O mercado está se recuperando bem com a tecnologia 5G e eles estão rumando para o cumprimento das metas de 2020”, afirmou Mikael Rautanen, analista da Inderes.
A indústria de equipamentos para telefonia móvel tem enfrentado demanda fraca desde o auge das vendas da tecnologia 4G, em meados da década, mas um novo ciclo de atualizações parece estar chegando conforme a demanda por redes 5G aumenta.
Na semana passada, a Ericsson divulgou resultado acima do esperado, citando cortes de custos e demanda de operadoras dos Estados Unidos por equipamentos 5G.
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A Nokia tem entre seus principais rivais a chinesa Huawei e a sueca Ericsson. Alguns analistas acreditam que a empresa pode ser beneficiada pelas dificuldades enfrentadas pela Huawei depois que o governo dos EUA afirmou que os equipamentos da chinesa podem ser usados por Pequim para espionagem.
Suri não comentou especificamente sobre os desdobramentos em torno da Huawei, afirmando apenas que a Nokia está monitorando a situação.
A companhia finlandesa teve no quarto trimestre lucro operacional 12% maior, a € 1,12 bilhão, acima do esperado por analistas. A companhia previu para 2019 lucro por ação entre € 0,25 e € 0,29, acima de projeção de analistas.
Executivos da companhia afirmaram que mais de 70 testes de redes 5G estão sendo realizados e que os negócios estão fortes nos EUA, o maior mercado da Nokia.