Três funcionários da Vale responsáveis pela barragem de mineração em Brumadinho (MG) que se rompeu na semana passada e dois engenheiros terceirizados que atestaram a estabilidade da unidade foram presos hoje (29) em uma operação para apurar responsabilidade criminal pelo rompimento, que deixou dezenas de mortos e centenas de desaparecidos. As prisões incluem gerente de Meio Ambiente, Saúde e Segurança do complexo minerário da Vale em Brumadinho e gerente executivo operacional responsável pelo Complexo Minerário Paraopeba da companhia, de acordo com decisão da juíza Perla Saliba Brito, de Brumadinho. O rompimento, ocorrido na sexta-feira, deixou ao menos 65 mortos e 279 desaparecidos, de acordo com o último balanço das autoridades divulgado na noite de ontem (28).
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Depois das prisões, a mineradora Vale afirmou que “permanecerá contribuindo com as investigações” sobre o rompimento de sua barragem de Brumadinho (MG), na semana passada, que deixou dezenas de mortos e centenas de feridos, em comentários publicados após a prisão de funcionários da empresa e terceirizados por autoridades.
“Referente aos mandados cumpridos nesta manhã, a Vale informa que está colaborando plenamente com as autoridades”, disse a Vale por meio de sua conta no Twitter.
O Ministério Público de Minas Gerais confirmou que foram decretadas prisões por 30 dias de engenheiros terceirizados que atestaram a estabilidade da barragem que rompeu e de três funcionários da Vale que estariam envolvidos no empreendimento minerário e seu licenciamento.