A europeia Airbus está encerrando a produção do superjumbo A380, uma vez que vendas fracas forçaram a fabricante a abandonar o sonho de dominar os céus com um ‘cruiseliner’ do século 21.
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O maior avião de passageiros do mundo, com dois decks de grandes cabines e espaço para 544 pessoas, foi projetado para desafiar o legendário 747 da Boeing, mas não conseguiu se firmar quando as companhias aéreas preferiram uma nova geração de jatos menores e mais ágeis.
Ao confirmar a informação da Reuters, a Airbus disse hoje (14) que o último A380 será entregue em 2021.
A decisão veio depois que a Emirates – a maior cliente do A380 – foi forçada a reduzir suas encomendas do superjumbo após uma disputa de motores e uma revisão mais ampla da frota, optando por encomendar um total de 70 unidades menores do A350 e A330neo.
Sem a demanda antecipada, a Airbus disse que suas linhas de montagem secariam. “Esta foi uma decisão conjunta. Não podemos correr atrás de ilusões e temos que tomar a única escolha sensata e parar com este programa”, disse o presidente da Airbus, Tom Enders.
A fabricante disse que entraria em negociações com os sindicatos nas próximas semanas sobre os 3 mil a 3,5 mil empregos que podem ser potencialmente afetados. Enders disse, posteriormente, que a empresa não poderia garantir que todos manteriam seus empregos.
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Os funcionários em risco são, principalmente, os que trabalham em plantas na França e na Alemanha, mas também pode haver impacto na Espanha e no Reino Unido.
A Airbus teve uma despesa de € 463 milhões para os custos de encerramento, mas é esperado que sejam perdoados cerca de € 1 bilhão em empréstimos pendentes de governos europeus de um sistema de financiamento que está no centro de uma disputa comercial com a Boeing.