A exportadora de carne de frango BRF espera elevar sua margem de lucro em 2019, atingir a normalidade do indicador no ano que vem e superar o índice em 2021, após a conclusão de plano de reestruturação da companhia, que não conseguiu levantar todos os R$ 5 bilhões pretendidos com venda de ativos.
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Em teleconferência com jornalistas hoje (7), após anunciar a última leva de venda de ativos da companhia, o presidente-executivo da BRF, Pedro Parente, afirmou que a empresa chegou a analisar oportunidades de vendas adicionais de ativos, mas considerou que tais operações são estratégicas e que o caixa da empresa é suficiente para lidar com suas obrigações de dívida.
“Buscamos como meta de cruzeiro para alavancagem entre 1,5 vez e 2 vezes [Ebitda]. Estabelecemos para 2019 meta de 3,65 vezes… A partir daí vamos buscar entre 1,5 vez e 2 vezes o mais rápido possível”, disse Parente.
“Para margens [Ebitda], o que estamos dizendo é que queremos 2019 superior a 2018. Em 2020 queremos voltar aos níveis históricos e, em 2021, margens acima do histórico”, acrescentou, sem informar qual seria o nível histórico para a BRF.
Por sua vez, o vice-presidente executivo global da companhia, Lorival Luz, afirmou que a BRF está com nível de estoque de produtos em 2019 de 1,5 vez o necessário para suas operações neste ano, uma situação melhor em relação ao nível que atingiu mais de quatro vezes o que seria um estoque adequado em 2018, quando a Europa suspendeu importações de carne de frango de várias fábricas brasileiras. “Não teremos essa pressão em 2019 para desova de produtos”, afirmou o executivo.