O esperado processo de capitalização da Eletrobras pode “surpreender” e ser realizado ainda neste ano, disse à Reuters hoje (22) o presidente da companhia, Wilson Ferreira Jr., após ele mesmo e membros do governo terem apontado que a operação deve ficar para 2020.
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A capitalização da elétrica, um projeto que surgiu ainda no governo de Temer, tem sido uma das bandeiras do Ministério de Minas e Energia na administração Jair Bolsonaro, mas a pasta ainda não definiu detalhes sobre o modelo da transação.
“Estamos trabalhando para criar os caminhos para a capitalização. Estou trabalhando para fazer esse ano. Espero surpreender”, disse Ferreira.
O executivo havia afirmado mais cedo neste mês, durante evento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que a operação possivelmente aconteceria no início de 2020, cronograma posteriormente confirmado pela secretária-executiva do Ministério de Minas e Energia, Marisete Pereira, em entrevista à “Folha de S. Paulo”.
Mas o ministro da pasta, almirante Bento Albuquerque, disse ontem (21) que ainda há chances de a capitalização ocorrer em 2019, apesar de o governo estar focado em aprovar antes a reforma da Previdência.
Ferreira disse que tem conversado com o governo e trabalhado exaustivamente na formatação de um modelo de capitalização que viabilize o negócio ainda neste ano. Ele também admitiu que a proposta para a transação pode sofrer ajustes em relação ao projeto original do governo Temer.
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No projeto de Temer, a capitalização por meio da emissão de novas ações diluiria a participação do governo na empresa para uma posição minoritária, configurando na prática uma desestatização da elétrica.
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