O dólar encerrou em queda de mais de 1% ante o real hoje (12), refletindo otimismo no exterior, após acordo de parlamentares norte-americanos que pode evitar uma nova paralisação e expectativas para negociações entre EUA e China.
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A moeda norte-americana recuou 1,31%, a R$ 3,7137 na venda, chegou a R$ 3,7032 na mínima e alcançou R$ 3,7482 na máxima da sessão. O dólar futuro operava em queda de 1,2%.
Segundo o superintendente da Correparti Corretora, Ricardo Gomes da Silva, notícias sobre um acordo para tentar evitar nova paralisação do governo nos EUA e o andamento das negociações entre Washington e Pequim favoreceram ativos de risco. Nesse cenário, a divisa norte-americana, considerada um porto seguro, acabou sendo preterida.
Parlamentares nos EUA selaram o acordo na noite de ontem (11). O presidente Donald Trump disse que ainda não havia decidido sobre o pacto, mas acrescentou que outra paralisação parcial parece improvável.
A guerra comercial entre EUA e China também esteve no foco de atenções, com o representante de Comércio e o secretário do Tesouro dos EUA desembarcando em Pequim para negociações comerciais com o objetivo de fechar um acordo antes de 1º de março, data em que está previsto um aumento das tarifas dos EUA sobre produtos chineses.
Trump disse que poderá prorrogar o prazo se os dois países estiverem perto de um acordo completo, acrescentando que espera se reunir com o presidente chinês, Xi Jinping, para selar o pacto em algum momento.
“O externo é o que mais está influenciando o nosso mercado, para o bem e para o mal. Há aquele impasse entre EUA e China, me parece que estão esculpindo a possibilidade de um grande acerto”, avaliou o gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo.
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Internamente, a agenda econômica continuou no radar, com o mercado especulando sobre possíveis avanços relativos à reforma da Previdência, apostando que o presidente Jair Bolsonaro deixe o hospital nos próximos dias.
O porta-voz da Presidência indicou que Bolsonaro poderá ter alta já amanhã (13), mas que está dependendo de uma avaliação médica.
“O mercado viu que Bolsonaro está saudável e voltando às atividades… Tem coisas que o pessoal não está tocando porque precisa dele, travou o governo. Há um projeto, mas quem vai dar início a esse projeto é o presidente. Esse é o ponto nefrálgico de todo o governo”, afirmou Galhardo.
Além da definição de Bolsonaro sobre o texto, o mercado também monitora a articulação política do governo para assegurar os votos necessários no Congresso.
O BC vendeu 10,33 mil swaps cambiais tradicionais, equivalente à venda futura de dólares. Assim rolou US$ 4,132 bilhões dos US$ 9,811 bilhões que vencem em março.