O dólar sobe levemente ante o real na manhã de hoje (13), em sessão de ajuste após queda acentuada ontem (12), mas de olho no bom humor internacional.
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Às 12h03, a moeda norte-americana avançava 0,31%, a R$ 3,7253 na venda. O dólar futuro tinha alta de cerca de 0,4%.
Na véspera, a moeda norte-americana caiu 1,31% ante o real, fechando a R$ 3,7137, acompanhando otimismo no exterior que alimentou apetite por risco.
“Está devolvendo um pouco do exagero que foi na terça-feira. Caiu demais. Todo esse psicológico acaba fazendo preço”, disse o gerente de câmbio da Tullett Prebon, Italo Abucater. Ele explicou, ainda, que com volume mais baixo na comparação sazonal e ausência de fluxo estrangeiro, o real tem ficado muito sensível, para ambos os lados.
A moeda brasileira segue na contramão das moedas emergentes nesta sessão, uma vez que no exterior o otimismo permanece diante da expectativa de progresso nas negociações comerciais entre Estados Unidos e China, alimentando o apetite por risco.
O secretário do Tesouro norte-americano, Steven Mnuchin, disse que as reuniões até agora estão indo bem, com encontros de alto nível previstos para quinta e sexta-feiras (14 e 15).
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Na terça-feira, o presidente dos EUA, Donald Trump, indicou que poderá prorrogar o prazo de 1º de março, data em que está previsto um aumento das tarifas sobre produtos chineses, se os dois países estiverem perto de um acordo completo.
No cenário interno, as expectativas estão em torno de avanços na questão da previdência, com a expectativa de que o presidente Jair Bolsonaro tenha alta até o fim da semana e que a reforma comece a avançar.
Na véspera, o secretário especial da Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, afirmou que o texto da reforma da Previdência já foi fechado e apresentado ao ministro da Economia, Paulo Guedes, e está “bastante diferente” da minuta que foi veiculada pela imprensa na semana passada.
Apesar das sinalizações de que a pauta poderá começar a caminhar, ainda não há informações suficientes para se desenhar um cenário de médio prazo, o que acaba segurando o investidor estrangeiro, ponderou Abucater.
“É nisso que o estrangeiro acaba sendo mais conservador e não vendo o Brasil ainda com bons olhos, por essa falta de cronograma, de horizonte. Não é uma coisa que você consiga traçar um cenário a médio prazo”, disse.
O BC vendeu 10,33 mil swaps cambiais tradicionais, equivalente à venda futura de dólares. Assim rolou US$ 4,648 bilhões dos US$ 9,811 bilhões que vencem em março.