A bolsa paulista fechou hoje (21) com o Ibovespa no azul, após sessão volátil marcada por uma bateria de resultados corporativos, enquanto investidores continuaram repercutindo a proposta de reforma da Previdência e monitorando Wall Street.
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Índice de referência do mercado acionário, o Ibovespa encerrou com variação positiva de 0,4%, a 96.932,27 pontos, após oscilar da mínima de 95.793,10 pontos à máxima de 97.231,40 pontos.
O volume financeiro somou R$ 16,25 bilhões.
Investidores continuaram repercutindo a proposta de reforma da Previdência encaminha ao Congresso Nacional ontem (20), que, entre outras mudanças, prevê endurecer a concessão de benefícios assistenciais e equalizar a idade mínima de aposentadoria nos serviços público e privado.
Para o gestor Rodrigo Galindo, sócio da Novus Capital, momentos de volatilidade são esperados nos próximos dois a três meses, durante a tramitação da proposta, mas ele ressaltou que vê qualquer realização de lucros na bolsa como oportunidade para aumentar sua exposição a ações brasileiras. “Acreditamos que a reforma vai acontecer”, afirmou, ressalvando que o projeto deve sofrer uma desidratação, com a economia final alcançando cerca de R$ 800 bilhões no prazo de 10 anos, ante estimativa da equipe econômica de pouco mais de R$ 1 trilhão.
Galindo não descarta uma valorização de cerca de 20% do Ibovespa ainda neste primeiro semestre conforme a possibilidade de avanço da reforma fique mais clara, principalmente se atrair os investidores estrangeiros, que ainda estão com fluxo modesto ou represado por receios sobre o tema.
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Dados da B3 mostram que o capital externo negociado no segmento Bovespa está negativo em R$ 851 milhões em fevereiro até dia 19, embora no acumulado do ano as entradas superem as saídas em R$ 668,1 milhões.
No exterior, números fracos sobre a economia norte-americana pressionaram os pregões em Wall Street, onde investidores também continuaram na expectativa de novidades sobre as negociações comerciais entre EUA e a China. O S&P 500 fechou em baixa de 0,35%.