A Bovespa fechou no vermelho hoje (11), sucumbindo à pressão das ações de Vale (queda de 2,64%), de bancos e da Petrobras em meio à ausência de novidades em torno da reforma da Previdência e ao sentimento de cautela que permeava as negociações no exterior.
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Referência da bolsa paulista, o Ibovespa encerrou em baixa de 0,98%, a 94.412,91 pontos, após ter caído 1,68% no pior momento do dia. O giro financeiro da sessão somou R$ 12,49 bilhões.
O indicador fechou no vermelho em três dos cinco pregões da semana passada, recuando 2,57% no período, após uma sequência de seis semanas de alta, em movimento de correção após renovar máximas recordes repetidamente em janeiro.
Operadores de renda variável avaliam que a bolsa paulista carece de gatilhos no curto prazo para engatar um movimento de alta, dado que o avanço das reformas econômicas, sobretudo a da Previdência, depende da recuperação de Jair Bolsonaro.
“Não tem fato novo porque toda a expectativa de melhora [da economia] está atrelada à Previdência na verdade… O mercado fica sem força com ausência de notícias novas e, nesse compasso de espera, muita gente acaba realizando um pouco de lucro”, explicou Ari Santos, da H.Commcor.
O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, disse acreditar que o presidente esteja de volta a Brasília até sexta-feira (15) para tomar “decisões finais” sobre a proposta da reforma da Previdência que será enviada ao Congresso. Mais tarde, o porta-voz da presidência ressaltou que ainda não há previsão de alta do hospital.
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Enquanto não surgem novidades no front político ou nas articulações em torno das reformas, investidores dividem as atenções entre o noticiário externo e os balanços corporativos.
Para o economista-chefe da gestora Infinity, Jason Vieira, a temporada de resultados ainda não exerce grande influência sobre o mercado doméstico em função do espaçamento maior do cronograma de balanços, até o fim de março.
No exterior, as bolsas norte-americanas perdiam fôlego perto do final dos negócios, conforme prevalecia em Wall Street um sentimento de cautela diante das negociações comerciais entre China e Estados Unidos e a possibilidade de nova paralisação do governo devido ao impasse envolvendo o orçamento.