O Ibovespa fechou em alta de mais de 2% hoje (14), ampliando os ganhos no final da sessão depois que o presidente Jair Bolsonaro aprovou o texto da reforma da Previdência que será enviado ao Congresso no próximo dia 20, bem como encerrou o impasse sobre a idade mínima que vinha causando ruídos.
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Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 2,27%, a 98.015,09 pontos, perto da máxima da sessão (98.018,83 pontos). O volume financeiro somou R$ 19,1 bilhões.
A cerca de uma hora do fechamento do pregão, o secretário especial da Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, afirmou que Bolsonaro decidiu por uma idade mínima de 65 anos para homens e de 62 anos para mulheres, patamares que serão atingidos após um período de transição de 12 anos.
“Ainda faltam detalhes, mas ao que tudo indica Guedes e companhia conseguirão emplacar uma reforma robusta. O jogo começa só agora e está dentro do cronograma”, destacou o estrategista Dan Kawa, sócio da TAG Investimentos, em nota enviada a clientes.
Para o economista-chefe do Banco J. Safra, Carlos Kawall, foi um desfecho muito positivo. “São ganhos com transição e idade mínima em torno de R$ 400 bilhões em dez anos. E ganhos totais da reforma em torno de R$ 600 bilhões a R$ 700 bilhões “, disse o ex-secretário do Tesouro Nacional.
A bolsa já tinha encontrado um suporte mais cedo, após dados mostrarem que as vendas no varejo norte-americano tiveram a maior queda em mais de nove anos em dezembro. No mercado de juros futuros nos Estados Unidos, aumentaram as apostas de que o Federal Reserve reduzirá a taxa de juros até o fim do ano.
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Para o gestor Henrique Bredda, da Alaska Asset Management, se não vier nenhum balde de água fria do exterior e o noticiário de Brasília acalmar, o Ibovespa tem chance de retomar sua trajetória de alta em busca dos 100 mil pontos.