A Suzano multiplicou por quatro o lucro no quarto trimestre, apoiada na combinação de queda do dólar frente ao real e no aumento dos preços internacionais da celulose, mais do que compensando a queda no volume de vendas.
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A companhia, que no mês passado concluiu a fusão com a rival Fibria, anunciou ontem (21) um lucro líquido de outubro a dezembro de R$ 1,462 bilhão, um salto de 308,5% contra um ano antes.
O resultado operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado somou R$ 1,595 bilhão no trimestre, alta de 11,9%. A margem Ebitda subiu 4,1%, a 49,4%.
A receita líquida da companhia subiu apenas 2,8% ano a ano, para R$ 3,23 bilhões, já que o volume de vendas de celulose caiu 32,3%, para 645 mil toneladas.
“A redução das vendas é explicada pela reconstrução dos nossos estoques após meses de operação abaixo do nível normal e em função do cenário do mercado chinês nos meses de novembro e dezembro”, afirmou a Suzano no relatório.
O preço médio em dólar da celulose vendida, porém, cresceu 11,4%, acompanhando o mercado internacional, mais do que compensando a queda nos volumes.
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O custo caixa consolidado de produção de celulose foi de R$ 681 por toneladas sem parada e de R$ 736 por toneladas com parada. Segundo a Suzano, o aumento de 10% na comparação com o quarto trimestre de 2017 foi reflexo, principalmente, do menor resultado com a venda da energia e menor diluição de custos fixos.
Em outra frente, a empresa viu um aumento de 46,5% das despesas totais, para R$ 441,1 milhões, refletindo em parte os gastos ligados à combinação de ativos com a Fibria.
Por outro lado, o resultado financeiro foi positivo em cerca de R$ 1,25 bilhão, após ter sido negativo em R$ 736 milhões um ano antes, como resultado da queda do dólar contra o real.
A Suzano informou que neste primeiro trimestre estão programadas para manutenção as Unidades de Suzano (SP), Limeira (SP) e a Linha 2 da Unidade de Mucuri (BA).
A empresa comunicou separadamente que seu conselho de administração aprovou a distribuição de R$ 600 milhões em dividendos relativos a 2018.
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