A comercialização de cimento no Brasil em janeiro subiu 4,2% sobre um ano antes, somando 4,5 milhões de toneladas, informou a associação de fabricantes do insumo, Snic. O crescimento das vendas do insumo, um dos indicadores da saúde da economia, foi impulsionado por melhora na atividade do setor de construção residencial, enquanto o segmento de infraestrutura segue estagnado, segundo a entidade.
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“Isso decorre da ausência de investimentos, causado pelo déficit fiscal e dos programas de concessão que ainda não tiveram o desempenho esperado”, disse o presidente do Snic, Paulo Camillo Penna.
Em janeiro, todas as regiões do Brasil, com exceção do Norte, tiveram alta de vendas nas comparações anual e mensal. No Sudeste, o crescimento foi de 2,6% ante janeiro de 2018, para 2,13 milhões de toneladas. No Nordeste, a alta foi de 3,3%, para 1 milhão de toneladas.
O Sul registrou expansão de vendas de 10,8% em janeiro sobre um ano antes, a 738 mil toneladas, enquanto no Centro-Oeste houve crescimento de 7,6%, a 467 mil toneladas. No Norte, a queda foi de 4,8% na mesma comparação, para 200 mil toneladas.
“O início da recuperação está sendo puxado pelo mercado imobiliário que, no final do ano passado, foi marcado por uma série de lançamentos, notadamente de edificações residenciais”, disse Penna, que avalia que o resultado de janeiro ainda é insuficiente para se constatar uma tendência “clara e segura” de recuperação da indústria.
O setor acumula queda de vendas de 26% nos últimos quatro anos.