As ações da Bayer caíam mais de 12% hoje (20), depois que um segundo júri nos Estados Unidos decidiu que seu herbicida Roundup causa câncer.
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A decisão unânime do júri promulgada ontem (19) no tribunal federal de São Francisco não responsabilizou a Bayer pelo câncer do autor da ação Edwin Hardeman. Responsabilidade e danos serão decididos pelo mesmo júri em uma segunda fase de julgamento a partir de hoje.
A Bayer, que nega as alegações de que o glifosato ou o Roundup causam câncer, disse que ficou desapontada com a decisão inicial do júri. A companhia adquiriu a Monsanto, a fabricante de longa data do Roundup, por US$ 63 bilhões no ano passado.
As ações da empresa caíam quase 12,5% às 9h30, na maior perda intradiária em 16 anos, eliminando cerca de € 8 bilhões (€ 9,1 bilhões) em valor de mercado da companhia.
O glifosato é o herbicida mais usado no mundo. O Roundup da Monsanto foi o primeiro herbicida à base de glifosato, mas não é mais protegido por patente e muitas outras versões já estão disponíveis. A Bayer não fornece números de vendas para o produto.
“Estamos confiantes de que a evidência na segunda fase mostrará que a conduta da Monsanto foi apropriada e que a empresa não deve ser responsabilizada pelo câncer de Hardeman”, disse a empresa.
O caso foi apenas o segundo dos cerca de 11,2 mil processos envolvendo o Roundup a ir a julgamento nos Estados Unidos. Outro homem da Califórnia recebeu US$ 289 milhões em agosto, depois que um tribunal estadual decidiu que o Roundup causou seu câncer. Esse valor foi posteriormente reduzido para US$ 78 milhões e está em fase de recurso.
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