O Corinthians lança, hoje (15), sua própria moeda digital, a timaocoin, sublinhando os esforços de um dos maiores clubes do Brasil de usar novas tecnologias para fortalecer o engajamento de torcedores e ampliar receitas.
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Diferente das criptmoedas mais famosas, como o bitcoin, cuja valorização explosiva ganhou milhões de fãs mundo afora nos últimos anos, a timaocoin foi projetada para ser apenas um meio de troca. Na verdade, trata-se de um token, uma unidade digital que pode ser convertida em moedas tradicionais, no caso o real.
Para incentivar o uso da moeda, os sócios do projeto criaram um marketplace específico para o clube, com vantagens em companhias aéreas, restaurantes e lojas de produtos temáticos, entre outras.
O marketplace se integra às plataformas tradicionais de e-commerce do mercado por meio do token. A plataforma faz a liquidação das moedas pagas aos parceiros mediante resgate.
As transações serão feitas por meio de um cartão de crédito da bandeira Mastercard, por meio do qual as timaocoin serão automaticamente convertidas em reais no ato do pagamento.
Para eliminar a possibilidade de especulação, os formuladores do negócio deram à timaocoin uma cotação fixa, cada um valendo dez reais.
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Segundo José Rozinei da Silva, presidente da Footcoin, a expectativa é de que a timaocoin tenha cerca de um milhão de corintianos, o que pode acontecer num prazo de até três anos.
A expectativa baseia-se nos resultados de campanhas de marketing de engajamento feitas por grandes clubes europeus, como o espanhol Real Madrid e o Benfica, de Portugal, que atraíram cerca de 3 por cento dos torcedores.
A estimativa dos parceiros da timaocoin é de que o Brasil tenha cerca de 33 milhões de corintianos. “Se atingir a marca pretendida, ainda assim o projeto teria um alcance bastante superior aos programas de sócio-torcedor no Brasil, em que os mais bem sucedidos atingem cerca de 100 mil pessoas”, diz Silva.
O Corinthians é o terceiro clube da Série A do Campeonato Brasileiro a aderir à Footcoin, plataforma criada há dois anos por Silva e por André Gregori, ex-sócio do BTG Pactual, com um investimento inicial de R$ 15 milhões, para criar moedas virtuais com foco no esporte.
No ano passado, a Footcoin fez as primeiras parcerias do tipo com o Fortaleza (CE) e com o Atlético Mineiro (MG). Atualmente, há negociações com outros três clubes da primeira divisão do futebol brasileiro, disse Silva, sem revelar os nomes.
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Apesar da ênfase na divisa como meio de troca, o Corinthians só dará acesso à timaocoin para quem já tem bitcoins, pelo menos num primeiro momento. “Achamos que podem existir muitos interessados no exterior e aí preferimos usar uma moeda de alcance universal”, alegou Silva.
Para quem já tem bitcoins, a compra de moedas do clube pode ser feita no website criado para movimentação da criptmoeda (www.timaocoin.club).
Silva não detalhou o potencial de geração de receitas do projeto para o clube.
Os sócios do negócio vão dar parte das receitas com a timaocoin para auxiliar jovens atletas do Corinthians.
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