Um tribunal do Japão concedeu fiança hoje (5) a Carlos Ghosn, demitido da presidência da Nissan Motor, mas procuradores apelaram rapidamente da decisão, adiando a libertação imediata do antes festejado executivo depois de mais de três meses de prisão. Os juízes do Tribunal Distrital de Tóquio aceitaram as garantias dos advogados de defesa de que Ghosn se submeteria a uma vigilância intensa e estabeleceram uma fiança de US$ 9 milhões, uma vitória aparente de sua nova equipe legal em seu terceiro pedido de fiança.
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Mas os procuradores estão exigindo que Ghosn – o arquiteto da parceria entre a Nissan e a montadora francesa Renault e um dos executivos mais celebrados da indústria automotiva – continue preso enquanto aguarda julgamento.
Uma soltura permitiria a Ghosn se reunir com seus advogados frequentemente e preparar uma defesa antes do julgamento. Ele é acusado de quebra de confiança agravada e de ter informado valores inferiores aos da compensação de US$ 82 milhões recebida da Nissan durante quase uma década.
Se for condenado por todas as acusações, ele pode passar até uma década na prisão. O ex-presidente da Nissan, Renault e Mitsubishi Motors negou qualquer irregularidade.
A Nissan não quis comentar a decisão da fiança, que veio um dia depois de a nova equipe legal de Ghosn dizer que ele está esperançoso de ser libertado com a promessa de seu submeter à vigilância.
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