O dólar teve leve baixa hoje (13), engatando a quarta queda seguida, com investidores acompanhando notícias sobre o andamento da reforma da Previdência, a expectativa de entrada de capital e risco de menor diferencial de juros a favor do país.
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A fraqueza da moeda norte-americana no exterior também influenciou as operações locais. O dólar à vista fechou em queda de 0,08%, a R$ 3,8133 na venda.
Na B3, o contrato mais líquido de dólar futuro tinha ligeira alta de 0,04%, a R$ 3,8180.
A moeda reverteu a alta registrada durante a manhã. O dólar subiu mais cedo puxado pela leitura de que o diferencial de juros a favor do Brasil pode continuar diminuindo, o que piora a relação risco/retorno de se investir na moeda brasileira.
“O ‘carry trade’ [retornos com arbitragem] sente diretamente o impacto de qualquer aposta fortalecida de juros mais baixos, especialmente quando nos EUA o cenário não inclui corte de taxa”, disse o profissional de uma gestora em São Paulo.
A discussão sobre as chances de juros ainda mais baixos no Brasil ganhou força nesta quarta-feira após o IBGE informar que a produção industrial brasileira sofreu em janeiro a maior queda em quatro meses. O número ajudou a baixar as taxas de DI na B3.
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Após a definição da taxa Ptax, a demanda por dólares diminuiu, ao mesmo tempo que o ambiente internacional se manteve benigno para ativos de risco. A combinação desses dois fatores permitiu que operadores colocassem no preço a perspectiva de ingressos de recursos ao país a partir de captações externas.
No primeiro bimestre, as empresas brasileiras captaram US$ 9,05 bilhões no mercado internacional, valor 18% maior do que no mesmo período do ano passado.
Na conta financeira do fluxo cambial, o saldo neste ano é positivo em US$ 4,01 bilhões, segundo o Banco Central.
O BC vendeu todo o lote de 14,5 mil contratos de swap cambial tradicional, correspondentes à venda futura de dólares. A operação visa postergar o vencimento de papéis que inicialmente expirariam em 1º de abril.
Em seis operações realizadas, o BC já rolou o equivalente a US$ 4,350 bilhões. O estoque a vencer em abril soma US$ 12,321 bilhões. O montante total de swaps vendidos pelo BC e de posse do mercado é de US$ 68,863 bilhões.
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Em cerimônia em Brasília, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, disse que o câmbio flutuante tem sido a primeira linha de defesa para a economia, mas ponderou que isso não impede intervenções para que se evitem “disfuncionalidades” no mercado.
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