O dólar tinha leve variação ante o real na manhã de hoje (8), com investidores atentos ao exterior, onde persiste a aversão ao risco ligada a temores de desaceleração econômica, sentimento endossado por dados fracos de exportações na China.
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Às 10:17, a moeda norte-americana avançava 0,21%, a R$ 3,8928 na venda. Na véspera, a moeda avançou 1,27%, a R$ 3,8847, maior nível desde 27 de dezembro. A divisa norte-americana abriu em queda contra o real, com investidores realizando correções após a forte alta da véspera. O dólar futuro avançava cerca de 0,5%.
Mais cedo, o dólar chegou ao pico do ano contra uma cesta de moedas.
As exportações da China caíram 20,7% em fevereiro na comparação com o ano anterior, a maior queda em três anos, enquanto as importações recuaram pelo terceiro mês seguido, indicando mais desaceleração econômica e reforçando temores de recessão.
Na quinta-feira, os mercados mundiais foram fortemente impactados, com investidores buscando proteção na divisa norte-americana, pela decisão do BCE de cortar previsões de crescimento e inflação para os três próximos anos e de uma nova rodada de empréstimos baratos para bancos, medida que visa injetar ânimo na economia do bloco.
“Tudo isso são fatores que mantém a pressão sobre a moeda e, claro, o fator internacional vai pesar mais do que nunca à medida que a gente vê se o ciclo de crescimento chegou ao fim… acho que essa é a grande pergunta”, afirmou o economista-chefe da Geral Asset, Denilson Alencastro.
No cenário doméstico, após dias sem manifestação do governo sobre a reforma da Previdência, o presidente Jair Bolsonaro usou o Twitter na noite de quinta-feira para defender a reforma, afirmando que ela permitirá estabilizar as contas públicas e viabilizará uma “rígida” reforma tributária.
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A sinalização foi bem recebida por agentes do mercado financeiro, mas não aplacou complemente a cautela que permanece com relação à ausência de notícias sobre a tramitação da Previdência.
“Há essa pressão de fora e aqui dentro tudo que temos visto, principalmente com a comunicação meio confusa pela parte do governo, não oferece tanta segurança. É uma pressão que mantém o dólar nesse patamar perto de R$ 3,90, ao menos no curto prazo”, avaliou Alencastro.
O Banco Central realiza nesta sexta-feira leilão de até 14,5 mil swaps cambiais tradicionais, correspondentes à venda futura de dólares, para rolagem do vencimento de abril, no total de US$ 12,321 bilhões.
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