A Inditex, maior companhia de varejo de roupas do mundo, teve resultado anual abaixo do esperado pelo mercado, pressionada por margens estáveis e valorização do euro, que reduziu o crescimento de vendas da rede Zara e outras bandeiras do grupo.
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A companhia espanhola afirmou hoje (13) que as vendas subiram 7% nas primeiras cinco semanas do novo ano fiscal. Mas a margem bruta deve continuar estável este ano, preocupando investidores que viram a companhia fechar lojas menores em um ritmo muito mais intenso do que o esperado no ano passado para se concentrar em pontos maiores e online.
A empresa informou que pretende iniciar uma operação de comércio eletrônico da Zara no Brasil ainda neste mês.
“Embora a maior parte dos varejistas ficasse satisfeita em divulgar crescimento de 7% nas vendas, isso é menos que a metade do ritmo de crescimento divulgado pela Inditex há apenas alguns anos. Acreditamos que isso é uma evidência de que o perfil de crescimento do grupo está desacelerando rapidamente”, escreveram analistas do Morgan Stanley em relatório.
No ano passado, o grupo, que também detém as bandeiras Massimo Dutti e Oysho, afirmou que planejava abrir de 300 a 400 lojas e fechar 200 no ano fiscal de 2018, mas acabou abrindo 370 e fechando 355, quase o dobro do plano inicial.
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A margem bruta da companhia foi de 56,7% no ano ante 56,3% no período anterior.
A Inditex divulgou lucro de € 3,44 bilhões no ano encerrado em 31 de janeiro, alta de 2% sobre o período anterior. A receita somou € 26,15 bilhões. Analistas esperavam lucro líquido de € 3,49 bilhões e faturamento de € 26,45 bilhões, segundo a Refinitiv I/B/E/S.
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