A estatal de energia Eletrobras reportou um lucro líquido de R$ 12,07 bilhões no quarto trimestre de 2018, revertendo prejuízo de R$ 3,9 bilhões no mesmo período do ano anterior, enquanto o resultado anual foi positivo em R$ 13,3 bilhões, ante perdas de R$ 1,7 bilhão em 2017. “O resultado foi o maior já apurado pela companhia nos últimos 20 anos”, disse a companhia nesta quinta-feira, atribuindo o desempenho à redução de impairment e contratos onerosos da usina nuclear de Angra 3, no valor de R$ 7,2 bilhões, e à venda de deficitárias subsidiárias de distribuição de energia.
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A maior elétrica do Brasil, com controle sobre um terço da capacidade de geração e metade da rede de transmissão do país, somou um lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de R$ 13,39 bilhões no quarto trimestre, contra Ebitda negativo de 1,55 bilhão no mesmo período de 2017. Já o Ebitda do ano de 2018 somou R$ 19,99 bilhões, alta de 158% frente ao ano anterior.
A estatal teve uma receita operacional líquida de R$ 6,16 bilhões no quarto trimestre, recuo de 22,9% na comparação anual. Em 2018, a receita somou 24,9 bilhões, recuo de 15% frente a 2017.
Já os investimentos da estatal recuaram 12% no ano, para R$ 4,6 bilhões, somando R$ 1,76 bilhão no quarto trimestre.
Além das reversões de impairment e contrato oneroso de Angra 3, a Eletrobras apurou efeito positivo de R$ 2,96 bilhões com a venda de suas distribuidoras, após a reversão de patrimônio líquido negativo.
A companhia privatizou ao longo de 2018 seis distribuidoras de energia no Alagoas, Amazonas, Acre, Piauí, Roraima e Rondônia.
Também houve uma reversão de provisão de R$ 739 milhões relativa à classificação de riscos de contingências nas distribuidoras já transferidas aos novos controladores.
O plano de demissão consensual da companhia de 2018 ainda contribuiu com R$ 370 milhões para o resultado.