O Grupo Itaquerê entrou com pedido de recuperação judicial para reestruturar R$ 482 milhões em dívidas, segundo uma carta da diretoria vista pela Reuters.
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Na carta datada de 21 de março, o grupo, sediado no Estado de Mato Grosso, culpou uma crise econômica prolongada, juntamente com condições climáticas adversas e oscilações cambiais, por seus problemas financeiros. A carta foi assinada pelo grupo, e não por um executivo em particular.
Itaquerê e MLuz, nomeado na carta como consultor financeiro do grupo, não responderam aos pedidos de entrevista ou esclareceram a quem a carta foi enviada.
O Itaquerê é um grupo diversificado do agronegócio que cultiva soja, milho e algodão em uma área total de 53.531 hectares. O grupo também atua em armazéns gerais, concessão de rodovia e construção de pequenas centrais hidrelétricas.
A petição do Itaquerê está sob sigilo, mas uma decisão judicial relacionada a ela foi vista pela Reuters. Nessa decisão, um juiz da cidade de Primavera do Leste, onde o grupo está sediado, exigiu informações financeiras e operacionais adicionais para poder processar a recuperação judicial.
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As empresas brasileiras normalmente têm 60 dias para apresentar um plano de reorganização, uma vez concedido o pedido de proteção contra credores por uma vara de falências. O Itaquerê espera ter o pedido de recuperação judicial concedido em poucos dias.
O grupo emprega 735 pessoas em Mato Grosso e Rondônia e espera fazer um acordo com seus credores para manter empregos e operações, disse a carta, sem nomear os credores.
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