A incerteza sobre o futuro da saída do Reino Unido da União Europeia prevalecia na manhã de hoje (12), ao passo que os parlamentares se preparavam para votar o acordo de separação depois que a primeira-ministra britânica, Theresa May, obteve garantias de última hora da UE. Em dificuldades para encontrar uma saída organizada para o labirinto do Brexit poucos dias antes de o Reino Unido se separar do bloco, May foi para Estrasburgo ontem (11) para acertar garantias jurídicas com o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker. Parlamentares britânicos, que em 15 de janeiro votaram por 432 a 202 contra seu acordo, estavam nesta terça-feira estudando as garantias. O principal advogado do governo, Geoffrey Cox, deve dar sua opinião nesta terça-feira antes da votação, prevista para ocorrer por volta de 16h (horário de Brasília).
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“Garantimos mudanças legais”, disse May em entrevista coletiva em Estrasburgo ao lado de Juncker, 17 dias antes de o Reino Unido deixar a UE, em 29 de março. May disse que as garantias criaram um canal de diálogo para quaisquer disputas no chamado “backstop”. Isso “fortalece juridicamente” os compromissos existentes de que a solução será temporária e obriga o Reino Unido e a UE a começarem a trabalhar para substituir o “backstop” por outros acordos até dezembro de 2020.
Após dois anos e meio de discussões desde o referendo de 2016 do Brexit, Juncker alertou que esta foi a última chance para o Reino Unido. “É este o acordo ou o Brexit pode não acontecer”, disse.
A libra esterlina subiu 1,5 por cento em relação ao dólar e está há quase dois anos em alta em relação ao euro.
Se os parlamentares votarem contra o acordo de May, ela prometeu votar na quarta-feira sobre sair da UE sem um acordo e, se eles rejeitarem isso, em seguida, deve haver uma votação sobre a possibilidade de pedir um prazo limitado para o Brexit.
O labirinto em que o Reino Unido se encontra sobre a integração à UE está se aproximando do final com uma série de resultados possíveis, incluindo um atraso, um acordo de última hora, um não acordo do Brexit, uma eleição antecipada ou até mesmo outro referendo.
O Brexit lançará a quinta maior economia do mundo em um rumo desconhecido e muitos temem que isso possa dividir o Ocidente ao lidar com a presidência não-convencional dos Estados Unidos, de Donald Trump, e com a crescente consolidação da Rússia e da China.
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