A japonesa Nissan e a francesa Renault disseram que vão reformular a maior aliança de carros do mundo para se colocarem em pé de igualdade, quebrando a poderosa presidência do ex-chefe Carlos Ghosn.
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A saída do executivo, creditado por resgatar a Nissan da quase falência em 1999, causou muita incerteza sobre o futuro da aliança e algumas especulações que a parceria poderia até mesmo acabar.
As empresas, em conjunto com a aliada Mitsubishi Motors, disseram hoje (12) que o presidente da Renault serviria como o chefe da aliança, mas – em um sinal crítico do reequilíbrio – não como presidente da Nissan.
A Nissan disse que Ghosn possuía muito poder, criando uma falta de supervisão e governança corporativa. Não ficou claro quem se tornaria presidente da Nissan, cargo vago desde que o executivo foi preso no Japão em novembro.
Mas as montadoras não deram nenhuma indicação de qualquer mudança imediata em seu acordo de participação acionária cruzada, que deu à Renault maior influência sobre a Nissan.
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O chamado Acordo Mestre da Aliança Restaurada, que os uniu até agora, permanece intacto, disseram eles.
“Estamos promovendo um novo começo da aliança. Não tem nada a ver com as participações acionárias e as participações cruzadas que ainda estão lá e continuam em vigor”, disse o presidente da Renault, Jean-Dominique Senard, em entrevista coletiva. “Nosso futuro está na eficiência dessa aliança”, disse ele a repórteres na sede da Nissan em Yokohama.
Senard também disse que não procuraria ser presidente da Nissan, mas sim um “candidato natural” para ser vice-presidente.
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