A mineradora Vale afirmou neste sábado que seu conselho de administração irá analisar no tempo devido o pedido de afastamento do presidente Fabio Scharvtsman e outros executivos da companhia, encaminhado pelo Ministério Público Federal (MPF) e pela Polícia Federal (PF) após o rompimento da barragem de rejeitos de mineração em Brumadinho (MG) que matou centenas de pessoas em janeiro. As autoridades que trabalham na força tarefa que investiga a tragédia recomendaram o afastamento imediato de Scharvtsman, além de diretores e outros executivos da empresa. O MPF, a PF e o Ministério Público de Minas Gerais deram 10 dias para que a Vale informe se acatará ou não os pedidos.
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“A diretoria da Vale coopera permanentemente com as autoridades encarregadas da investigação, fornecendo absolutamente tudo que lhe é demandado para instruir os procedimentos investigatórios em curso, tendo seus executivos e funcionários se colocado à disposição voluntariamente para prestarem depoimentos com o firme objetivo de auxiliar no esclarecimento das causas do lamentável rompimento da Barragem de Feijão”, disse a companhia em nota à imprensa.
“As reportadas recomendações conjuntas da força tarefa e Polícia Federal foram encaminhadas ao Conselho de Administração da companhia e serão analisadas oportunamente pelo colegiado, dentro do prazo estabelecido”, acrescentou.
Uma barragem de rejeitos da mina de minério de ferro Córrego do Feijão, da Vale, rompeu-se em Brumadinho em 25 de janeiro, liberando uma onda de resíduos de beneficiamento que soterrou trabalhadores e moradores locais. O desastre deixou pelo menos 182 mortos confirmados e mais de 100 desaparecidos.
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