A Vale informou a suspensão temporária e de forma preventiva as operações da mina de Alegria, no complexo de Mariana (MG), com impacto anual máximo na produção de cerca de 10 milhões de toneladas de minério de ferro. Em fato relevante, a empresa afirmou que a decisão ocorreu “apesar de suas estruturas se encontrarem estáveis”. Mas a Vale afirmou que “sob condição de estresse, os resultados obtidos nas análises preliminares de suas estruturas foram inconclusivos, não sendo possível garantir sua estabilidade” sob tais condições. “Os estudos serão aprofundados e, tão logo concluídos com garantia das condições de estabilidade sob condição de estresse, as operações serão retomadas”, afirmou a empresa.
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O corte se soma aos 82,8 milhões de toneladas anuais de capacidade produtiva de minério de ferro interrompidas até então pela Vale, entre decisões de autoridades e da própria empresa, após o rompimento de uma de suas barragens em Brumadinho (MG), em 25 de janeiro, que deixou mais de 300 pessoas mortas. A notícia vem no mesmo dia em que o governo de MG informou que “está providenciando a devolução” à Vale do certificado de operação da importante mina de Brucutu, principal ativo da empresa em MG, após a Justiça autorizar na véspera a retomada das atividades.
A mina de Brucutu, que representa capacidade de produção de 30 milhões de toneladas de minério de ferro ao ano, havia sido paralisada no início de fevereiro, devido a uma ação movida na Justiça pelo Ministério Público de Minas Gerais. A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) de Minas Gerais, porém, não deu um prazo para a Vale receber a documentação que permite retomar Brucutu.
A nova decisão judicial pressionou os contratos futuros do minério de ferro na China, que caíram quase 6% nesta quarta-feira, maior recuo em três meses, diante de expectativas de maior oferta pela Vale, maior produtora de minério de ferro.
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