As vendas no varejo do Brasil registraram avanço acima do esperado em janeiro, iniciando o ano com força generalizada entre as atividades, mas acompanhando o ritmo moderado da economia do país.
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Em janeiro, as vendas no varejo brasileiro tiveram ganho de 0,4% em relação a dezembro, informou hoje (14) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Na comparação com o mesmo período do ano anterior, houve crescimento de 1,9%, sexta taxa positiva seguida.
Os dois resultados foram melhores do que as expectativas em pesquisa da Reuters de aumentos de 0,2% na comparação mensal e de 0,8% na anual, na mediana das projeções.
O varejo apresentou perda de fôlego ao longo do segundo semestre do ano passado, mas iniciou 2019 com resultado melhor do que da indústria, que em janeiro teve a maior queda em quatro meses.
As perspectivas continuam sendo de ritmo morno para a economia em 2019, mas com lenta recuperação do mercado de trabalho.
“Depois de um novembro muito alto e um dezembro muito baixo, o comércio parece ter encontrado o seu ponto de equilíbrio. O ritmo do comércio é lento e gradual como o da economia como um todo”, disse a gerente da pesquisa, Isabella Nunes. “A vantagem do comércio sobre a indústria foi que a renda se mantém estável, e isso acaba por fomentar a demanda de bens de primeira necessidade”, completou.
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O IBGE informou que, entre as atividades pesquisadas, somente o setor de Artigos Farmacêuticos, Médicos, Ortopédicos, de Perfumaria e Cosméticos teve recuo em janeiro, de 0,5%.
Entre as altas, destaque para Equipamentos e Material para Escritório, Informática e Comunicação (8,2%); Outros Artigos de Uso Pessoal e Doméstico (7,2%); e Hipermercados, Supermercados, Produtos Alimentícios, Bebidas e Fumo (0,6%).
No varejo ampliado, que inclui veículos e material de construção, as vendas aumentaram 1% em janeiro sobre o mês anterior. A atividade de Veículos, Motos, Partes e Peças cresceu 5,7%, após recuar 3,5% no mês anterior.
Em 2018, o consumo das famílias aumentou 1,9%, com crescimento de 0,4% no quarto trimestre na comparação com o terceiro, de acordo com os dados do Produto Interno Bruto. A economia brasileira teve expansão de apenas 0,1% nos três últimos meses do ano sobre o período anterior, crescendo 1,1% no ano.
A expectativa é de aceleração econômica neste ano, com a pesquisa Focus do Banco Central mostrando que os economistas veem uma expansão do PIB de 2,28% neste ano, em meio a uma esperada melhoria das condições financeiras e do mercado de crédito.
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