O grupo financeiro BTG Pactual Holding lançou uma oferta pública para retirar a unidade de investimentos PPLA Participations da bolsa de valores de São Paulo (B3). Se o processo for bem-sucedido, a holding manterá listada apenas o seu banco, BTG Pactual, que engloba as atividades de banco de investimento e gestão de recursos do grupo.
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A PPLA Participations detém investimentos realizados com capital próprio do grupo, como private equity e imóveis.
O BTG Pactual Holding está oferecendo aos acionistas da PPLA R$ 1,19 por unit, que é formada por três ações da PPLA. As units da PPLA eram negociadas a R$ 2,10 às 13h21, em queda de quase 22%.
Para adquirir todas as unidades do ‘free float’, o BTG gastaria R$ 22 milhões na oferta.
O grupo BTG Pactual tem tentado segregar suas duas divisões nos últimos dois anos, apostando em transparência aprimorada e em negócios mais lucrativos para recuperar a confiança dos investidores. Os custos relacionados à manutenção de uma empresa listada também estão entre os motivos para a retirada da PPLA da bolsa, acrescentou uma fonte.
O primeiro passo para esse objetivo foi a segregação da PPLA em 2017. Muitos dos investimentos da PPLA acabaram gerando prejuízo, como a rede de drogarias Brasil Pharma, a rede varejista Lojas Leader, a mineradora B&A e alguns empréstimos.
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A PPLA teve prejuízo líquido de R$ 163 milhões em 2018, enquanto o patrimônio líquido ficou em R$ 3,8 milhões em dezembro.
O leilão para comprar as units da PPLA ocorrerá em 10 de maio.
Ao contrário da PPLA, as units do BTG Pactual subiram quase 65% este ano, com o banco ganhando força desde que seu fundador, André Esteves, foi absolvido em julho após ser acusado de envolvimento em um esquema de suborno. As units do banco exibiam alta de 1,5%, cotadas a R$ 38.
O BTG também está investindo pesado para expandir sua corretora online, conhecida como BTG Pactual Digital, para atrair investidores para seus produtos de investimento, bem como para os de terceiros.
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