A Polícia Federal cumpriu ontem mandados judiciais de busca e apreensão no curso de investigações relacionadas ao rompimento da barragem da Vale em Brumadinho (MG), e um dos alvos da operação foi a residência do presidente afastado da companhia, Fabio Schvartsman, segundo informou uma fonte com conhecimento da situação. A ação da PF cumpriu cinco mandados em São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, relacionados ao desastre ocorrido ao final de janeiro, disse uma fonte da PF. Da casa de Schvartsman, em São Paulo, foram levados documentos institucionais e computador.
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Segundo essa fonte, todos os mandados foram expedidos pela 9ª Vara da Justiça Federal em Belo Horizonte (MG). As medidas visam apreender documentos, mídias e outros elementos que guardem relação à tragédia, afirmou a fonte. Procurada, a assessoria de imprensa da PF não confirmou de imediato a operação. A Vale, por sua vez, disse em nota que, juntamente com seus empregados, tem apresentado, desde o momento do rompimento da barragem, “todos os documentos e informações solicitados voluntariamente e, como maior interessada na apuração dos fatos, continuará contribuindo com as investigações”.
Schvartsman está afastado da presidência da maior produtora global de minério de ferro há mais de um mês, após o Conselho de Administração da empresa acatar recomendação de autoridades, incluindo o Ministério Público Federal (MPF), em meio às investigações do ocorrido. [nL1N20V1BP]
O rompimento da barragem de Brumadinho, que continha mais de 12 milhões de metros cúbicos de rejeitos da atividade de beneficiamento de minério de ferro, atingiu área administrativa da Vale, refeitório, além de mata, vegetação e rios da região, incluindo o importante rio Paraopeba.
Dados mais recentes da Defesa Civil apontam 229 mortos e 48 desaparecidos com o desastre.
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